Eleições

Ressaca eleitoral: os números que saem das legislativas de 2024 em Coimbra e no país

A 10 de março, Portugal foi às urnas decidir a nova composição da Assembleia da República.

Os 9 deputados eleitos por Coimbra

O Partido Socialista leva a melhor no círculo eleitoral de Coimbra ao eleger 4 deputados: Ana Abrunhosa, Pedro Coimbra, Ricardo Lino e Raquel Ferreira.
A Aliança Democrática mantém os 3 assentos conseguidos pelo PSD em 2022 que agora serão ocupados por Rita Júdice, Maurício Marques e Martim Syder.
O Chega conquista 2 lugares no parlamento por Coimbra com António Pinto Pereira e Eliseu Neves.

Em baixo é possível ver os números alcançados por cada força política que se candidatou por este distrito.

A nova configuração da Assembleia da República

O parlamento está divido em três blocos e a solução governativa ainda é uma incógnita. Durante a campanha eleitoral, os líderes das três maiores forças políticas foram recusando alianças uns com os outros.

A Aliança Democrática venceu e conseguiu 80 deputados, não muito longe dos 78 conquistados pelo Partido Socialista. O grande crescimento foi do Chega de André Ventura que conquistou 50 lugares no hemiciclo.
A Iniciativa Liberal manteve os oito assentos e o Bloco de Esquerda os cinco. A CDU diminuiu o grupo em 2 elementos, conseguindo apenas eleger quatro candidatos. O Livre passou de deputado único a um grupo parlamentar de quatro assentos. O PAN de Inês Sousa Real vai continuar solteiro, uma vez que será o único partido com apenas um elemento.

Adesão às urnas

A afluência às urnas foi a melhor deste século em eleições legislativas, tanto a nível nacional como no distrito de Coimbra. A baixa da abstenção nacional foi sendo prevista ao longo do dia pelas duas atualizações: às 12h tinham votado 25,21% dos eleitores e às 17h já eram 51,96% – em 2022 tinham votado 23,27% e 45,66% dos inscritos, às respetivas horas.

(Ainda) menos mulheres na Assembleia da República

A paridade entre os sexos masculino e feminino continuará a não ser uma realidade nas sessões plenárias. Apenas 33% do hemiciclo vai ser ocupado por mulheres, ainda menos que na legislatura anterior.

O que se segue?

O Presidente da República vai ouvir os líderes dos partidos eleitos e deverá pedir a Luís Montenegro para formar governo. É necessário que o programa do executivo seja apresentado à Assembleia da República e devidamente aprovado.
No discurso de domingo à noite, Pedro Nuno Santos disse que não irá chumbar a formação de governo pela AD, o que dá alguma esperança de sobrevivência a Montenegro para os próximos meses, até que seja apresentado o Orçamento do Estado, altura da ‘prova dos nove’ ao executivo laranja e azul.

(artigo atualizado a 20 de março de 2024, após a finalização da contagem dos votos dos círculos eleitorais da emigração)

Por Diogo Teles Mateus